quinta-feira, 28 de outubro de 2010

QUESTÃO DO INSS

Tempo livre
             A questão do tempo livre — o que as pessoas fazem com ele, que chances eventualmente oferece o seu desenvolvimento — não pode ser formulada em generalidade abstrata. A expressão, de origem recente — aliás, antes se dizia ócio, e este era privilégio de uma vida folgada e, portanto, algo qualitativamente distinto e muito mais grato —, opõe-se a outra: à de tempo não-livre, aquele que é preenchido pelo trabalho e, poderíamos acrescentar, na verdade, determinado de fora.
             O tempo livre é acorrentado ao seu oposto. Essa oposição, a relação em que ela se apresenta, imprime-lhe traços essenciais. Além do mais, muito mais fundamentalmente, o tempo livre dependerá da situação geral da sociedade. Mas esta, agora como antes, mantém as pessoas sob um fascínio. Decerto, não se pode traçar uma divisão tão simples entre as pessoas em si e seus papéis sociais. Em uma época de integração social sem precedentes, fica difícil estabelecer, de forma geral, o que resta nas pessoas, além do determinado pelas funções. Isso pesa muito sobre a questão do tempo livre. Mesmo onde o encantamento se atenua e as pessoas estão ao menos subjetivamente convictas de que agem por vontade própria, isso ainda significa que essa vontade é modelada por aquilo de que desejam estar livres fora do horário de trabalho. A indagação adequada ao fenômeno do tempo livre seria, hoje, esta: “Com o aumento da produtividade no trabalho, mas persistindo as condições de não-liberdade, isto é, sob relações de produção em que as pessoas nascem inseridas e que, hoje como antes, lhes prescrevem as regras de sua existência, o que ocorre com o tempo livre?” Se se cuidasse de responder à questão sem asserções ideológicas, tornar-se-ia imperiosa a suspeita de que o tempo livre tende em direção contrária à de seu próprio conceito, tornando-se paródia deste. Nele se prolonga a não-liberdade, tão desconhecida da maioria das pessoas não-livres como a sua não-liberdade em si mesma.

T. W. Adorno. Palavras e sinais, modelos críticos 2. Maria Helena Ruschel (Trad.). Petrópolis: Vozes, 1995, p. 70-82 (com adaptações).

Considerando os sentidos e aspectos lingüísticos do texto acima, julgue os próximos itens.
1 Como, de acordo com o texto, as características essenciais ao “tempo livre” se baseiam na oposição entre este e o “tempo não-livre”, é correto concluir que as formas de uso do “tempo livre” serão as mesmas em qualquer época.

2 Conclui-se da leitura do texto que tanto o “tempo não-livre” quanto o “tempo livre” são condicionados pela sociedade.

3 Do primeiro parágrafo do texto, depreende-se que a idéia de tempo livre, isto é, a de tempo não ocupado pelo trabalho, não é nova.

4 Nas linhas de 1 a 6, nos trechos em que se afirma que “tempo livre” opõe-se a “tempo não-livre” e que “tempo livre é acorrentado ao seu oposto”, a justaposição de idéias contrárias entre si fragiliza a coerência textual e impossibilita a definição do conceito de “tempo livre”.

5 Na linha 11, o termo “encantamento” faz referência ao poder exercido pela sociedade sobre as pessoas.

6 A diferença existente entre “tempo livre” e “tempo não-livre” é a mesma que distingue as pessoas que estão “convictas de que agem por vontade própria”  daquelas “pessoas não-livres”  que desconhecem a “sua não-liberdade em si mesma”.

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É isto aí, logo corrigirremos!
grande abraço do professor Rubinho!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

PÉROLAS

O ENEM tem sido muito bem visto pela midia, a sociedade estudantil, de um modo geral, reagiu a este tipo de avaliação de maneira muito positiva e acabou por incorporá-la a sua maratona de provas. Não obstante, sempre há um grande número de alunos que se destacam neste exame, "de formas um tanto variadas" diga-se de passagem, pois, muitos conseguem altíssimas notas, já outros conseguem seu destaque de um jeito curioso: produzindo lindas PÉROLAS que são capazes de nos deixar intrigados, espantados, boquiabertos, confusos ...
 
Vejamos algumas:
“Eu concordo em gênero e número igual”.
“Nesta terra ensi plantando tudo dá”.
“O sero mano tem uma missão…”.
“O coração é o único órgão que não deixa de funcionar 24 horas por dia”.
“O sol nos dá luz, calor e turistas”.
“O problema ainda é maior se tratando da camada Diozanio!”.
“A respiração anaeróbica é a respiração sem ar que não deve passar de três minutos”.
“Ultimamente não se fala em outro assunto anonser sobre os araras azuls que ficam sob voando as matas.”
“A AIDS é transmitida pelo mosquito AIDES EGIPSIO”.
“O grande problema do Rio Amazonas é a pesca dos peixes”.
“Na verdade, nem todo desmatamento é tão ruim. Por exemplo, o do Aeds Egipte seria um bom  beneficácio para o Brasil”.
“Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigênio”.
“Quando um animal irracional não tem água para beber, só sobrevive se for empalhado”.



... pra finalizar:

É galera, quanto mais vemos coisas assim, mais tomamos consciência que devemos estudar, não é mesmo???

Uma grande abraço do

Prof. Rubinho

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

VAMOS TOMAR UM CAFEZINHO?

Um professor, diante de sua classe de filosofia, sem dizer uma só palavra, pegou um pote de vidro, grande e vazio, e começou a enchê-lo com bolas de golf. Em seguida, perguntou aos seus alunos se o frasco estava cheio e imediatamente todos disseram que sim.

O professor então pegou uma caixa de bolas de gude e esvaziou-a dentro do pote. As bolas de gude encheram todos os vazios entre as bolas de golf. O professor voltou a perguntar se o frasco estava cheio e voltou a ouvir de seus alunos que sim.

Em seguida, pegou uma caixa de areia e esvaziou-a dentro do pote. A areia preencheu os espaços vazios que ainda restavam e ele perguntou novamente
aos alunos, que responderam que o pote agora estava cheio.
O professor pegou um copo de café (líquido) e o derramou sobre o pote umedecendo a areia.

Os estudantes riam da situação, quando o professor falou: "Quero que entendam que o pote de vidro representa nossas vidas. As bolas de golf são os elementos mais importantes, como Deus, a família e os amigos.

São com as quais nossas vidas estariam cheias e repletas de felicidade. As bolas de gude são as outras coisas que importam: o trabalho, a casa bonita, o carro novo, etc...

A areia representa todos as pequenas coisas. Mas se tivéssemos colocado a areia em primeiro lugar no frasco, não haveria espaço para as bolas de golf e para as de gude.

O mesmo ocorre em nossas vidas. Se gastamos todo nosso tempo e energia com as pequenas coisas nunca teremos lugar para as coisas realmente importantes. Prestem atenção nas coisas que são primordiais para a sua felicidade.
Brinquem com seus filhos, saiam para se divertir com a família e com os amigos, dediquem um pouco de tempo a vocês mesmos, busquem a Deus e creiam nEle, busquem o conhecimento, estudem, pratiquem seu esporte favorito...
Sempre haverá tempo para as outras coisas, mas ocupem-se das bolas de golf em primeiro lugar. O resto é apenas areia."

Um aluno se levantou e perguntou o que representava o café.
O professor respondeu:

"que bom que me fizestes esta pergunta, pois o café serve apenas para demonstrar que não importa quão ocupada esteja nossa vida, sempre haverá lugar para tomar um café com um amigo".

domingo, 3 de outubro de 2010

RACISMO: VAMOS REFLETIR UM POUQUINHO!!!


            Não há dúvidas sobre a existência de uma grande dificuldade em se admitir que o Brasil, mesmo depois de tanto tempo, ainda apresenta muitas características de uma sociedade racista; pois o  racismo é visto como um crime cruel e inaceitável, e sendo assim quem gostaria de admitir que é racista?
Porém, muitas estatísticas apresentam a verdade como ela é: muito triste e dura de se engolir. Aqui, negros são chamados de “pretos” (mesmo sabendo que isto já constitui um crime), e quem nunca chamou uma pessoa negra de “moreninho”? Ou então já disse: - ah, aquele senhor “de COR” – como assim “moreninho”? Como assim “de cor”? – quando se usa termos assim, já estamos tentando mascarar o fato de que possuímos um preconceito que não queremos assumir. De outro modo não ficaríamos constrangidos ou perplexos em pronunciar a palavra “negro” abertamente. Parece que se falarmos assim, atrairemos os olhos dos curiosos, pois intrinsecamente o preconceito é latente.
No entanto, é curioso pensar que o nosso país possui mais de uma centena de variações de cor, mas parece que todo aquele que é um pouco mais negro que os demais de um determinado ambiente sofrerá alguma situação de exclusão social. Sabemos disso, mas preferimos não entrar no mérito da questão. As piadas de mau gosto, os olhares dissimulados, os gestos infames, e as ironias lançadas ao vento, para aqueles de boa percepção fazerem suas analogias, tirarem suas conclusões e até, porque não, se divertirem com uma questão que parece tão inofensiva.
-         PRETO É BURRO – PRETO É ENROLADO – OH, SERVIÇO DE PRETO –
-         TINHA QUE SER PRETO – OLHA SÓ A COR –
Frases como estas rodeiam os mais diversos ambientes na nossa sociedade atual. Como então negar o racismo, o preconceito?
É fato de que são coisas que nos circundam, pois se não existissem, as piadinhas simplesmente não teriam graça, e frases como estas não teriam o menor sentido, pois estariam ultrapassadas.
Até quando continuaremos vivendo de hipocrisia?
Talvez até conseguirmos sentir vergonha das piadinhas, tocar na ferida, discutir abertamente, e enxergar a todos como pertencentes a uma única raça de fato, a raça brasileira.